terça-feira, 7 de agosto de 2012

Exposição itinerante com obras Fernando Botero é aberta no Instituto Ricardo Brennand dia 8/8


Luciana Zacarias

Baobá Comunicação, Cultura e Conteúdo

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'dores da colômbia' CHEGA AO INSTITUTO RICARDO BRENNAND

 

Exposição apresenta coleção de obras políticas assinadas por Fernando Botero

 

 

O Instituto Ricardo Brennand apresenta, de 8 de agosto a 9 de setembro, a exposição "Dores da Colômbia" do pintor Fernando Botero, que retrata o drama da violência na Colômbia. Famoso por desdenhar de estereótipos da sensualidade, pintando gordinhas e gordinhos erotizados, com um traço quase sempre bem humorado, Botero denuncia, nesta exposição, a violência da história colombiana em obras impactantes. A mostra pode ser visitada, de terça-feira a domingo, das 13h às 17h. Recife encerra o ciclo da exposição em nosso país, que já passou por Brasília, Curitiba, Rio de Janeiro, São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Salvador.

 

Botero já é conhecido dos visitantes do complexo cultural, na Várzea, e os recepciona nos jardins em frente à pinacoteca, com a escultura "Mulher a Cavalo". A obra, em bronze patinado, tem 2,3m de altura, por 1,6m de comprimento e 90 cm da largura.

 

"Dores da Colômbia" é composta por 67 obras doadas pelo artista ao acervo permanente do Museu Nacional da Colômbia, curador da exposição. Os 36 desenhos, 25 óleos e seis aquarelas, realizados entre 1999 e 2004, registram um testemunho da violência que há anos assola o país, como consequência da ação de grupos guerrilheiros, políticos e paramilitares. "O conjunto dessa obra mostra como a arte pode denunciar a violência e propõe uma reflexão sobre a sociedade", comenta Denise Carvalho, produtora executiva da Aori, responsável pelo retorno da mostra ao Brasil.

 

Nas obras satíricas de Fernando Botero, políticos, militares, religiosos, músicos e a realeza são retratados como figuras roliças, corpulentas e estáticas. Sem abandonar o estilo que o tornou famoso, nesta coleção, o artista lança seu olhar sobre episódios como os atentados que afligiram a Colômbia, nos anos 1980 e 1990. Ao contrário da maioria de suas obras, a série não revela o lado humorístico do pintor, mas o que ele chamou de "um testemunho da irracional história colombiana".

 

"A Colômbia tem orgulho de expressar seu anseio por liberdade através da arte. 'Dores da Colômbia' reflete as dores da humanidade", comenta a Embaixadora da Colômbia no Brasil, Maria Elvira Pombo Holguin. "Botero se refere à Colômbia para ilustrar suas angústias sobre a própria condição humana. Em nosso país, essas dores foram a base para a construção de uma sociedade justa", completa.

 

"Fernando Botero doou, ao Museu Nacional da Colômbia, uma série de obras, nas quais expressa o seu compromisso com o drama e a violência, recorrentes no país", explica Maria Victoria Robayo, diretora do Museu Nacional da Colômbia. "Longe de pensar em benefícios econômicos, o artista quer que as obras pertençam à nação e sejam um convite à reflexão sobre as trágicas circunstâncias, que temos enfrentado nas últimas décadas", argumenta.

 

Embora retrate uma situação trágica de um período bem determinado, Botero criou as composições com pinceladas de cores vibrantes capazes de atrair e envolver cada vez mais pessoas, de todo o mundo, no drama colombiano e de outros países que vivem conflitos sociais.

 

"Dores da Colômbia" dialoga com uma corrente artística que vincula a arte à política. Dentro desse contexto, encontramos outros mestres importantes, que imprimiram discurso e fatos históricos em suas telas. Francisco Goya, com "Desastres da Guerra" e Pablo Picasso, com "Guernica", por exemplo, recriam à sua maneira, atos cometidos durante períodos de turbulência vividos em seus países.

 

Fernando Botero -  Pintor e escultor colombiano, nascido em Medellín, em 1932, é um dos artistas mais prestigiados da América Latina e tem peças expostas nos mais importantes museus internacionais. Entre as suas obras mais conhecidas estão as releituras bem-humoradas e satíricas de "O Casal Arnolfini", de Jan van Eyck, e "Mona Lisa", de Leonardo da Vinci. Em ambas, figuras humanas e animais são pintados de forma arredondada e estática. Esse padrão estético é a marca registrada do artista que, por intermédio de sua arte, tornou-se o embaixador cultural da Colômbia pelo mundo. Botero é um dos renomados artistas latino americanos ainda vivo e, atualmente, mora na França.

 

Galeria- A Galeria do Instituto Ricardo Brennand, construída ano passado para receber mostras nacionais e internacionais, irá abrigar a exposição Dores da Colômbia, de Fernando Botero. O espaço possui uma área total de 1021,89 m2 , com dependências devidamente climatizadas, controle de temperatura dentro dos rigorosos padrões que exigem exposições deste porte e umidade ajustada. É composta por dois salões, com sala oitavada (oito lados iguais) ligada a uma torre decorada com uma réplica do Pensador, de Auguste Rodin e um terraço. O espaço, seguindo a arquitetura do IRB (Tudor), em formato de castelo, foi oficialmente inaugurado com a mostra de Michelangelo, no ano passado. O colecionador Ricardo Brennand cercou-se de cuidados para construir o espaço e não economizou nos detalhes. A porta principal da galeria pertenceu a uma antiga igreja de Minas Gerais. Todos os 10 vitrais que compõem a galeria foram decorados com o brasão  da Família Brennnad  com  dizeres em latin  que significa : Se Deus é por nós, quem será contra nós. Outro detalhe impressionante na Galeria é uma parede localizada na parte externa que foi extraída pela equipe paulista do ateliê Sarasá, do antigo prédio da agência de Turismo Anacan, com uma pintura de Lula Cardoso Ayres, de 1950. O trabalho retrata algas, peixes e a cor do mar. A Galeria possui dois corredores de banheiros, com 6 unidades para o público feminino  e mais 6 para os visitantes masculinos , incluindo entre eles,  dois para deficientes; moderna cozinha industrial e elevador  que liga estes serviços ao salão principal, facilitando o apoio aos serviços de  cerimonial e recepções ali realizados.

 

Sobre o IRB - O Instituto Ricardo Brennand foi criado pelo colecionador pernambucano, o industrial Ricardo Brennand, em 12 de setembro de 2002, que há mais de setenta anos vem adquirindo obras de arte das mais diferentes procedências e épocas, cobrindo um espaço de tempo entre a Europa medieval do século XV, o Brasil Colonial das invasões holandesa, século XVII, até o Brasil do século XIX.  O complexo cultural na Várzea é composto por uma Pinacoteca, uma Biblioteca com mais de 60 mil títulos, o Museu Castelo São João e uma Galeria. O IRB é visto como o centro cultural que acolhe o mais completo acervo sobre o Brasil Holandês e a mais completa coleção de Frans Post de um colecionador particular do Mundo.  A coleção de Frans Post  do IRB abrange as cinco fases do artista.No acervo do IRB estão reunidas  ainda Coleções de Pintura, brasileira e estrangeira, Armaria, Tapeçaria, Artes Decorativas, Escultura e Mobiliário. O Instituto Ricardo Brennand coloca Pernambuco no roteiro cultural de exposições internacionais. A Pinacoteca do IRB tem capacidade para receber até dois eventos de grande porte. Além disso, possui um auditório com capacidade para 150 pessoas, banheiros, salas administrativas, reserva técnica, coffee shop e biblioteca, totalizando uma área de 4.894m2.Com a mostra permanente "Frans Post e O Brasil Holandês", a sala de exposição possui 1.200 m2 e conta com equipamentos de alta tecnologia para preservação de umidade, temperatura e luminosidade. Através de um sofisticado sistema é feito o controle rigoroso da temperatura ambiente, além do monitoramento de portas, portões e janelas, permitindo o envio de imagens 24 horas por dia para qualquer parte do mundo.

 

Ação Educativa- A Ação Educativa é um dos setores do Instituto Ricardo Brennand de maior destaque e que recebe atenção especial do seu fundador. Em quase 10 anos de funcionamento, já  atendeu mais de 1 milhão de alunos,  entre estes, a grande maioria composta por crianças carentes, estudantes da rede pública. Sob a batuta da coordenadora de Ação Educativa Cultural, Áurea Bezerra, a equipe composta por 12 arte educadores e dois assistentes de coordenação movimentam inúmeras atividades durante todo o ano. O programa de agendamento para escolas, que acontece de terça à sexta, nos horários das 8h30 às 12h30, atende e beneficia estudantes das redes pública e privada, grupos da terceira idade, ONG, de crianças e adultos especiais, entre outros. O atendimento a instituições públicas é gratuito mediante agendamento. Alunos de escolas particulares pagam R$ 5,00 (meia entrada). De terça à sexta, são recebidas em média, cinco escolas diariamente. Aos sábados são destinados dois horários para visitas agendadas para grupos especiais às 13h30 e 14h30. A equipe do educativo do Instituto Ricardo Brennand conta com 12 educadores permanentes  que farão o atendimento dos grupos  agendados e público  em geral, mas terão um reforço de 05 educadores para a  exposição de Fernando Botero. Com o intuito de promover o contato com trabalhos de um artista contemporâneo cujo foco é o testemunho de situações de conflitos sociais, o IRB realizará agendamento de grupos de até 50 alunos, que serão atendidos em 05 horários no turno da tarde. Devido a temática da exposição representar cenas fortes de violência, haverá censura para crianças menores de 10 anos, caso esta venha em instituição de ensino e/ou desacompanhadas dos responsáveis legais.

 

 

Serviço

"Dores na Colômbia"

Local: Instituto Ricardo Brennand Alameda Antonio Brennand, s/n Várzea – Recife (PE)

Abertura: 7 de agosto de 2012 (terça-feira), às 19h

Visitação: de 8 de agosto a 9 de setembro de 2012

Horário: de terça-feira a domingo, das 13h às 17h

Ingresso: R$ 15 (inteira) / R$ 5 (Estudantes, Professores e Idosos acima de 60 anos com documentação comprobatória). Crianças até 7 anos acompanhadas e escolas públicas  agendadas têm entrada gratuita.

Telefone: (81) 2121-0352/0365

Classificação etária: a partir de 10 anos

Realização: Aori Produções Culturais, Instituto Ricardo Brennand e Ministério da Cultura

Apoio: Avianca e Associação dos Amigos do Museu Nacional da Colômbia

Patrocínio: Itamarati Norte

 

Aori Produções Culturais: A Aori foi criada em 2002, pela produtora executiva Denise Carvalho. A empresa desenvolve, gerencia e produz conteúdos culturais, como projetos de exposições e edições de livros nas áreas de patrimônio cultural brasileiro, temas sociais e artes visuais. Seus trabalhos primam pelo critério de suas escolhas, qualidade do planejamento à execução, e sofisticação dos resultados. www.aori.com.br

 



Telas Gaudí Ind. Com. de telas e Materiais para Pintura Artística
Rua Cabral, 291 - Bairro Rio Branco - Porto Alegre/RS
51 33333294 - 91074429 

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