Ciclopes Ao gravar o conjunto de olhos que compõe o álbum e a parte principal dessa exposição, fui movida a princípio, pelo desejo de estudar alguns métodos e convenções utilizados por alguns gravadores do séc. XVII, como Abraham Bosse, entre outros, quase como um divertimento(1) em pequenas placas de cobre. O olho, a mais ilusionista das imagens, capturou-me e guiou-me dali em diante. A cada olho gravado, pequenas janelas se abriram, o olho ciclópico que vê o mundo unidimensionalmente, devolvia a mim, a cada vez, uma paisagem que se pressupõe ser vista pelo olho, a cada vez diferente, o olho mesmo aparentando constituir-se em paisagem. Olhos iludem, pois são espelhos dos nossos desejos e temores, não é a toa que a sua imagem é utilizada em muitas culturas antigas como amuleto contra demônios e outras forças negativas, é o escudo que pode petrificar a Górgona. O divertimento, que neste trabalho se tornou o principal motivo, conduziu os vários procedimentos, as escolhas cromáticas e as outras imagens que fazem pendant com os Ciclopes. Texto da artista, agosto 2013 (1) Composição musical de forma similar a suíte, popular durante todo o século XVIII, formada por movimentos de dança, no entanto, mais curtas e simples e mais livres em seu conjunto.
ABERTURA 17 de setembro | terça-feira | 19-22hs GALERIA GRAVURA BRASILEIRA Visitação- de 17 de setembro a 26 de outubro de 2013. seg a sex- das 10h às 18h | sáb- das 11h às 13h
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