Abertura amanhã, 10 de setembro, terça, às 19 horas
As fotografias, objetos e desenhos de Letícia Ramos nos conduzem para um tempo pretérito, analógico,
em que as distâncias ainda eram percorridas por terra ou água. Repletos de histórias e quase sem
informações sobre possíveis personagens, estes trabalhos convidam o espectador para uma viagem ao
universo da artista – um universo que combina um mundo desconhecido, povoado de fantasias, com um
elemento concreto, a construção de máquinas para apreensão de imagens. De certo modo, a bússola
criativa de Letícia condensa dois polos que outrora formavam uma dicotomia: a imaginação e o conhecimento.
A explosão de conceitos pré-estabelecidos aparece também na lógica do processo de trabalho: a partir
de determinadas imagens, Letícia projeta câmeras, invertendo o princípio tradicional da história das
imagens, em que as câmeras filmadoras e fotográficas geram histórias visuais. Assumir essa reviravolta,
essa lógica invertida como partido, favorece a construção de uma espécie de ficção científica do passado,
na qual o cenário é formado por uma série de paisagens dominadas por uma atmosfera nostálgica.
Mas nostalgia não é o mesmo que saudosismo. Portanto, nestas obras, não há um lamento do progresso
e suas velocidades estonteantes. O que há é um deleite próprio dos inventores e exploradores – de ontem
ou de hoje. De certa maneira, quando vemos os trabalhos de Letícia nos lembramos desses seres curiosos
e obstinados em suas oficinas, laboratórios ou computadores, nos convencendo – com brilho no olhar -
que suas engenhocas irão funcionar. Se, para eles, talvez a busca seja mais relevante do que o encontro,
o que se vê no universo de Letícia é uma conquista que passa pelos dois continentes: o processo e a
realização acabada. Gabriela Motta
curadoria
Gabriela Motta
projeto expográfico
Ana Vetoretti e Letícia Ramos
assessoria de projeto luminotécnico
Marta Felizardo
iluminação
Bathista Freire
cenotécnico
Mateus Grimm
montagem
Equipe Museu do Trabalho
identidade visual
Letícia Ramos e Fabio Zimbres
tradução
Érico Melo
produção
Registro de Arte
parceiros
Galeria Mendes Wood / Registro de Arte
apoio
BD Divulgação / Cerveja Coruja
realização
Museu do Trabalho
Em cartaz até 27 de outubro de 2013
Terça a sábado, 13h30 às 18h30
Domingos e feriados, 14h às 18h30
Museu do Trabalho
Rua dos Andradas, 230
Centro Histórico - Porto Alegre - RS
(51) 3227 5196
www.museudotrabalho.org
museu@museudotrabalho.org
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