Mônica Filgueiras & Eduardo Machado Galeria abre a exposição Papéis 60/70, trazendo 30 trabalhos do artista plástico Claudio Tozzi, um dos nomes mais representativos da pop art produzida no Brasil. As obras apresentadas na mostra – entre gravuras, pinturas e desenhos que serviram de estudo para telas – são raras e pertencem à coleção particular do artista. Esses trabalhos em papel são retratos de uma época, sendo que alguns apresentam críticas ao que ocorria no país naquele momento da história. Abertura: 08 de março.
Exposição Claudio Tozzi – Papéis 60/70
Curadoria Eduardo Machado
Local Mônica Filgueiras & Eduardo Machado Galeria – mofilgue@terra.com.br
Rua Bela Cintra, 1533, Jardins, São Paulo, Tel.: (11) 3082-5292
Abertura 08 de março, quinta-feira, às 19h
Período 09 de março a 09 de abril de 2012
Horário segunda a sexta das 10h às 19h, sábado das 10h30 às 14h
A Mônica Filgueiras & Eduardo Machado Galeria abre individual de um dos principais representantes da pop art no Brasil: Claudio Tozzi. A exposição Papéis 60/70 traz 30 trabalhos raros, que pertencem à coleção particular do próprio artista.
Com curadoria de Eduardo Machado, a mostra apresenta pinturas e gravuras produzidas sobre papel, além de desenhos que serviram de estudo para telas. Papéis 60/70 traz representações da cultura pop dos anos 60 e 70, além de menções a acontecimentos históricos e críticas à repressão militar, que na época estava em seu auge.
Assim como através da música eram feitas denúncias ao cerceamento da liberdade, a exemplo de nomes como Chico Buarque, Gilberto Gil, Geraldo Vandré e Caetano Veloso (para citar apenas alguns nomes), fazia-se também nas artes plásticas, como pode ser observado em algumas das obras da exposição.
Entre esses trabalhos do artista, que retirava de revistas, jornais e gibis figuras de forte apelo imagético para utilizá-las como base, encontram-se temas marcantes em sua carreira, como as multidões – símbolo de protestos – e o parafuso, objeto recorrente ao longo de sua trajetória e que metaforiza a repressão.
Embora tenha apresentado uma arte de engajamento político, Claudio Tozzi não se prendeu ao tema da Ditadura Militar no Brasil nessa época. O tema predominante são as referências à cultura pop. Essas obras servem como uma espécie de registro histórico-pictórico do momento em que foram produzidas. O maior exemplo disso é provavelmente o trabalho em cores primárias dos astronautas, que representa a chegada do homem à Lua, em 1969.
Os anos 60 e 70 são se vital importância na história de Claudio Tozzi, que iniciou sua carreira com participação no XI Salão de Arte Moderna de 1963, vencendo o concurso de cartazes dessa exposição. Seis anos mais tarde participou da X Bienal de São Paulo. Nos anos 70, entre outros acontecimentos notáveis, recebe o prêmio aquisição na exposição Jovem Arte Contemporânea do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo e desenvolve um painel na Praça da República e um para a estação Sé do metrô.
Além de ter participado de exposições pelo Brasil, nessas duas décadas Claudio Tozzi ainda representou o país em mostras realizadas em países como Argentina, França, Inglaterra, Itália, Colômbia e Espanha.
Com Papéis 60/70, a Mônica Filgueiras & Eduardo Machado Galeria convida o público a conhecer mais de perto esses anos da carreira de Claudio Tozzi e também do nosso mundo e do que ocorria cultural, social e politicamente nesse período.
O artista
Claudio Tozzi nasceu em 1944 em São Paulo. Iniciou sua carreira artística em 1963, com participação no XI Salão de Arte Moderna. Um dos nomes mais representativos da pop art produzida no Brasil, já participou de diversas mostras, entre individuais e coletivas, pelo país e também já expões seu trabalho no exterior, em países como Espanha, Argentina, Estados Unidos, Cuba, França, Itália, Colômbia, Inglaterra, Dinamarca e Japão, entre outros. Assina ainda uma séries de obras públicas, como painéis nas estações Sé e Barra Funda do metrô, um outdoor na avenida Sumaré e trabalhos em fachadas de edifícios de São Paulo. Além do trabalho como artista plástico, Tozzi ainda leciona na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da USP.
A galeria
Mônica Filgueiras, que atuou no circuito das artes plásticas desde os anos 60, inaugurou sua própria galeria em 1980, com uma mostra individual de Antonio Dias. O espaço, há mais de três décadas, além de seu trabalho permanente baseado em seu acervo, realiza exposições regulares de artistas contemporâneos, que, dada a sua amplitude, tem uma forte repercussão no campo cultural. Em 2011, Mônica firmou parceria com o colecionador de arte Eduardo Machado e o espaço passou a ser chamado Mônica Filgueiras & Eduardo Machado Galeria.
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