segunda-feira, 22 de agosto de 2011

Museu de Arte Sacra - Oratórios Barrocos: Coleção Ary Casagrande - 22/08/2011



O Museu de Arte Sacra abre a exposição Oratórios Barrocos – Arte e Devoção na Coleção Casagrande, composta por 40 oratórios de diversos tipos, oriundos de cinco Estados diferentes, além de esculturas, pinturas, tapeçaria e objetos que expressam a devoção, especialmente nas residências brasileiras e paulistas do período colonial. Acompanham a grande quantidade de obras – a maior parte datada dos séculos XVII e XVIII – textos explicativos do curador Percival Tirapeli, acerca do estilo, função e histórico dos oratórios. Abertura 22 de agosto.

 

Exposição                 Oratórios Barrocos – Arte e Devoção na Coleção Casagrande

Curadoria                  Percival Tirapeli

Local                          Museu de Arte Sacrawww.museuartesacra.org.br

Avenida Tiradentes, 676 – Luz, São Paulo

Tel.: (11) 3326.5393 – agendamento/ educativo para visitas monitoradas

Abertura                    22 de agosto de 2011, segunda feira, às 19h30

Período                       23 de agosto a 23 de outubro de 2011

Horário                        terça a domingo, das 10 às 18h (bilheteria até às 17h30)

Nº de obras                 94

Técnica                       oratórios em madeira policromada, esculturas em terracota e madeiras policromadas e lavradas, pintura, tapeçaria e objetos


A exposição Oratórios Barrocos – Arte e Devoção na Coleção Casagrande traz ao público do Museu de Arte Sacra de São Paulo 40 oratórios de diversos tipos – ermida, salão, alcova, bala, viagem, lapinha e convento – oriundos de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Rio de Janeiro e São Paulo.

Os oratórios são objetos de demonstração de devoção, podendo ser laicos ou religiosos, domésticos ou conventuais, fixos ou móveis. As peças expostas na mostra, com curadoria de Percival Tirapeli, pesquisador e professor da Unesp em São Paulo, pertencem à coleção Cristiane e Ary Casagrande. Além dos oratórios, a exposição conta com esculturas, pinturas, tapeçaria e objetos de devoção, sendo que grande parte das obras expostas são datadas dos séculos XVII e XVIII.

Percival Tirapeli destaca que a valorização da arte devocional barroca foi iniciada nos anos 20 pelos modernistas e reforçada nos anos 60, com a confirmação da modernidade e a ameaça da abstração internacional. "O colecionismo de objetos sacros ganhou força diante da destituição de elementos ornamentais das igrejas, que, anos mais tarde se modernizaram pela segunda vez, seguindo normas do Concílio Vaticano II. O Rio de Janeiro e São Paulo foram os principais receptáculos destas peças particulares, deslocadas do Nordeste para o Sudeste, garantindo assim suas sobrevivências nesta intensa mobilidade dos objetos barrocos devocionais", analisa o curador.

Entre os destaques da exposição estão imagens em terracota do frei beneditino carioca Agostinho de Jesus, o primeiro escultor brasileiro, uma pintura preciosa de José Patrício da Silva Manso e o crucifixo do escultor carioca Domingos da Conceição, do século XVII.

A exposição é organizada em núcleos; o primeiro deles é dedicado aos oratórios paulistas, com peças produzidas nas regiões de Itu e Sorocaba. O núcleo Imaginária tem como foco central as imagens em barro do frei Agostinho de Jesus. Adiante, o núcleo Didático, conta com textos do curador que explicam os estilos, funções e históricos dos oratórios. O ambiente Alcova recria uma alcova colonial de uma donzela paulista, com oratório deste tipo e com o Santo Antônio, casamenteiro.

A sala nobre da mostra é intitulada Sala do Colecionismo, com texto do colecionador Ary Casagrande Filho descrevendo a formação de sua coleção e obras importantes dos estilos barroco e rococó dos Estados do Rio de Janeiro, Bahia e Minas Gerais, com madeiras incrustadas e pinturas. No corredor do museu, por sua vez, a seção Estética do Oratório traz todos os tipos de oratório com textos curatoriais a respeito de cada um deles e análises sobre suas construções.

 

O Museu

O Museu de Arte Sacra de São Paulo é fruto de um convênio celebrado entre o Governo do Estado e a Mitra Arquidiocesana de São Paulo, em 28 de outubro de 1969 e sua instalação data de 28 de junho de 1970. A partir desta data, o Museu de Arte Sacra de São Paulo passou a ocupar a ala esquerda térrea do Mosteiro de Nossa Senhora da Imaculada Conceição da Luz e a antiga Casa do Capelão, antes administração, e onde, desde 2000, está exposto o acervo de presépios doado à instituição por Ciccillo Matarazzo (Francisco Matarazzo Sobrinho).

A parte mais antiga do complexo foi construída sob orientação de Frei Antônio de Santana Galvão para abrigar o recolhimento das irmãs concepcionistas, função esta que se mantém até hoje.

O acervo do museu começou a ser formado por Dom Duarte Leopoldo e Silva, primeiro arcebispo de São Paulo, que a partir de 1907 começou a recolher imagens sacras de igrejas e pequenas capelas de fazendas que sistematicamente eram demolidas após a proclamação da República. Na década de 1970, foi possível ampliar significativamente esse acervo.

Atualmente, as principais atribuições do Museu de Arte Sacra de São Paulo são: recolher, classificar, catalogar e expor convenientemente objetos religiosos cujo valor estético ou histórico recomende a sua preservação; expor permanente, pública e didaticamente seu acervo; promover o treinamento, a capacitação profissional e a especialização técnica e científica de recursos humanos necessários ao desenvolvimento de suas atividades; incentivar e apoiar a realização de estudos e pesquisas sobre arte sacra e história da arte; promover cursos regulares, periódicos ou esporádicos de difusão, extensão e de treinamento sobre temas ligados a seu campo de atuação.


Bruno - Balady Comunicação


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