CONVIVÊNCIA ETERNA
Na noite de quinta-feira, 5 de abril, às 19h, a Fundação Ecarta vai apresentar o novo visual da sua fachada. As
paredes serviram de suporte para o trabalho Convivência Eterna, da artista Adauany Zimovski, bacharel em Artes
Visuais pelo Instituto de Artes da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) e co-gestora do Atelier
Subterrânea, em Porto Alegre. O projeto partiu do universo da arte urbana para se apropriar dessa linguagem e suas
referências. A proposta se inspira na street art para criar a malha de escritas e tags que agora preenchem a superfície
do prédio.
Na ocasião, também será realizado um debate sobre arte urbana, com as presenças da artista e professora do Instituto
de Artes da UFRGS, Maria Lúcia Cattani; o artista e empresário Eduardo Guspe e Adauany Zimovski. A mediação
será do jornalista Leo Felipe, gerente artístico da Galeria de Arte da Fundação Ecarta. "A intenção dessa conversa é
discutir a caligrafia urbana, as suas origens e referências, além de tratar do tema dentro de um contexto atual da arte",
explica Adauany. A entrada é franca.
Informações:
(51) 4009-2971
secretaria@fundacaoecarta.org.br
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03 E 04 DE ABRIL DE 2012 - SALA P. F. GASTAL
PROGRAMAÇÃO
DIA 3 DE ABRIL
18 HORAS E 30 MINUTOS:
Elaine Tedesco (artista e professora do Instituto de Artes da UFRGS)
O ARTISTA NO OBSERVATÓRIO
Um observatório é um lugar onde se tem uma visão privilegiada e instrumentalizada sobre um determinado objeto ou tema; tais dispositivos permitem que o observador estabeleça suas estratégias de análise e interpretação. No presente contexto o artista é simultaneamente o observador e o observado.
20 HORAS:
Fabio Cypriano (crítico de arte do jornal Folha de S. Paulo e professor da PUC/SP)
ARTE CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA = DECORAÇÃO DE CASA DE EMERGENTE?
O ciclo econômico positivo que o Brasil atravessa gera uma nova classe média alta, com novas casas e muitas paredes brancas, que se tornou uma nova e importante fonte de compra nas galerias de arte. Com isso, esse mercado de emergentes passou a ser determinante para a constituição da produção nacional que, se nos anos 1960 e 1970 foi marcada pela experimentação, agora virou decoração. Artistas, nesse contexto, acabam submetendo sua produção à demanda das feiras. A questão que resta: existe em algum lugar uma produção que rompa com esse ciclo?
21 HORAS E 30 MINUTOS:
Storm Janse van Rensburg (curador independente e ex-diretor da Goodman Gallery Cape Town)
IT'S A STRANGE, STRANGE WORLD WE LIVE IN, MASTER JACK*
A palestra consistirá em um breve panorama da arte contemporânea sul-africana no contexto global dos últimos 20 anos, recuperando alguns eventos importantes, como a extinta bienal de Joahannesburg e a mal-sucedida bienal da Cidade do Cabo, além das trajetórias de artistas como William Kentridge e Candice Breitz e seus respectivos impactos na percepção e recepção da arte sul-africana. Também abordará a recente sensação do grupo de zef rap Die Antwoord, em particular a relação entre sua dança desajeitada e a arte contemporânea, entre outras coisas. A discussão se dará no contexto filosófico de Altermodern (como articulado por Nicholas Borriaud) e de Afripolitanism (como articulado por Achille Mbembe).
*Título do único hit internacional da banda sul-africana Four Jacks and a Jill, de 1967.
DIA 4 DE ABRIL
18 HORAS E 30 MINUTOS:
Gabriela Motta (curadora do Itaú Rumos/Artes Visuais e crítica de arte)
NOTAS SOBRE A INDIFERENÇA – Arte Contemporânea Enquanto Categoria Institucional
O que se vive na atualidade, em termos de produção, talvez seja uma intensificação dos dilaceramentos e indeterminações perpetradas pelo que se convencionou chamar de arte moderna. A voracidade com que os trabalhos de arte se substituem hoje em dia e a ansiedade por periodizar um momento autorizam instituições e críticos a categorizar uma produção sem especificidade conceitual ou paradigma histórico.
20 HORAS:
Sam McAuliffe (professor da Goldsmiths/Universidade de Londres)
ADORNO E A APORIA DA AUTONOMIA ESTÉTICA
"A Arte é autônoma e não é". Para Adorno, a obra de arte inscreve-se em um duplo-vínculo, do qual ela não pode – embora deva – dissociar-se.
Serão examinadas as várias consequências deste duplo-vínculo tal como aparece na teoria estética de Adorno e na arte contemporânea, mais especificamente na obra de Sarah Morris.
21 HORAS E 30 MINUTOS:
Susanne Pfeffer (curadora-chefe do KW Instituto de Arte Contemporânea)
DESAFIANDO AS CONVENÇÕES DE EXIBIÇÃO DE OBRAS DE ARTE
Discorrerá sobre sua prática profissional, que nasce do intenso diálogo com os artistas e do produtivo intercâmbio de ideias artísticas e curatoriais. A partir deste sempre renovado modo de trabalho e das questões específicas do espaço e do tempo, novas ideias sobre a construção de uma exposição se desenvolvem e convenções sobre a apresentação de obras de arte são desafiadas.
INFORMAÇÕES E INSCRIÇÕES
Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia
Usina do Gasômetro, 3º andar
Av. Pres. João Goulart, 551
Porto Alegre . RS . CEP 90010-120
Fone (51) 3289 8133 e (51) 3289 8135
51 33333294 - 91074429
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