O que: Exposição Fotográfica ê dendê (Olhares Sobre a Costa do Dendê)
Onde: Praça do Campo Grande – Salvador
Quando: 26 a 28 de novembro de 2011 das 15 às 21H
Entrada Gratuita
Artistas: Augusto Santos, Erivan Morais, Euriclésio Sodré,
Florian Boccia, Marília Palmeira, Mark Dayves e Péricles Mendes.
Montagem: Marcius Kaoru
Realização: Cacá Amiga da Arte
Projeto: ê dendê
Informações: contato@edende.org
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Exposição Itinerante
Quando: 01 a 20 de dezembro
Onde: 22 localidades da Costa do Dendê, em praias, praças, barcos, ônibus, ruas de:
01.12 Graciosa, Camurugi
02.12 Cairu, Canavieiras
03.12 Taperoá
04.12 Nilo Peçanha
05.12 Jatimane, Praia Pratigi
06.12 Barra dos Carvalhos
07.12 Barroquinha, São Francisco
08.12 Itiúca, Boitaraca
09.12 Igrapiúna, Itajaí
10.12 Camamu
12.12 Barra Grande
13.12 Cajaíba
14.12 Ilha do Tanque
16.12 Taipus de Dentro
18.12 Algodões
20.12 Maraú
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ê dendê - EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA
Olhares sobre a Costa do Dendê
Será que nos ilhamos, quando olhamos? É a pergunta que me faço, com a câmera entre as mãos e os olhos ansiosos por decifrar e grafar luzes e mundos. Acabo de subir neste barco imaginado que navega a Costa do Dendê há quatro anos, pesquisando e mapeando artesãos da região.
Daqui do barco, eu vejo: olho não é ilha. Primeiro, porque vejo com todo o corpo. Vejo com os ouvidos que escutam novos sotaques e contam velhas histórias, com mãos que tocam outra areia e plantas inéditas, vejo com os pés e os poros, com a palma e o paladar. Como a câmera é uma extensão do olho, fotografo com todo o corpo, que talvez seja mais simples e sincero que o romantismo de fotografar "com toda a alma".
Mas não é apenas com meu corpo que fotografo. Fotografo com muitos corpos, porque o olhar do outro sensibiliza e modifica meu olhar. As fotos tomadas durante os dias de trabalho são projetadas na rua e vistas pela comunidade ao final da visita a uma determinada localidade. Assim, quem é fotografado, de alguma maneira, também fotografa; a câmera deixa de ser ostentada para ser ofertada. O artesão ensina o artista a refazer seu olhar com a naturalidade de um pai que ensina um filho a tecer.
Por isso, falamos em olhares, no plural. Os olhares desatam as ilhas, e nos reconhecemos no espelho d'água. A rede de "Olhares sobre a Costa do Dendê", como rede de pesca lançada ao mistério de rio ou mar, para desmistificá-los, se faz cada vez mais ampla e imbricada.
Marília Palmeira
(Fotógrafa)
51 33333294 - 91074429 http://telasgaudi.blogspot.com
telasgaudi@gmail.com
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