ADRIANO ROJAS: O GATO QUE NÃO PEGAVA O RATO
Conforme o curador Flávio Gonçalves, esse foi o título da primeira exposição individual de Adriano Rojas, em 1996. Desde o começo de sua caminhada o artista apontava para o que seria o tema central de sua obra: a pintura como ofício e como desafio. Através dessa imagem da espreita e da caça estão presentes os componentes da disputa que se trava em seus trabalhos.
"Quando pinto quero dar ao expectador uma maior sensação de fruição formal do quadro, uma fruição advinda de suas sensações visuais do que de qualquer outro aspecto" AR
"Sobre o ato de pintar, é importante dizer que fundamentalmente se dá pelo prazer, não que isso signifique algum tipo de facilidade, ao contrário, me é bastante difícil." AR
Cada pintura deseja para si um destino particular que surge no horizonte como uma oportunidade. Adriano sempre esteve atento a essa diferença entre intenção e realização, uma briga de gato e rato entre artista e obra. Quando ele pensava ter o trabalho em mãos, a pintura desgarrava livre e autônoma, mudando seu rumo, propondo novos caminhos.
"A pintura parece ser, por excelência, a arte de construir, desconstruir, reconstruir, conferindo a ela uma unidade, pois são deixados evidentes as marcas e os caminhos traçados, sendo essa a característica de vital importância para mim, pois é mostrado o seu processo."AR
"Gostaria que minha pintura fosse vista como aquilo que ela efetivamente é, não como o que ela pode ser, ainda que eu saiba ser este um desejo difícil de ser alcançado [...], pois associações acontecerão, inclusive de minha parte." AR
Adriano teve sua trajetória interrompida prematuramente. Através do projeto Memória Contemporânea o MACRS traz a público uma seleção de diferentes fases de seu trabalho em pintura, homenageando assim uma das carreiras mais promissoras.
51 33333294 - 91074429
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