terça-feira, 31 de maio de 2011
EDITAIS DE PATROCÍNIO À CULTURA | CAIXA Cultural
convite ECOARTE
TENHO O PRAZER DE CONVIDAR-TE PARA PRESTIGIAR A ECOART, EM DATA E ENDEREÇO NOS ANEXOS.
ESTAREI EXPONDO DUAS TELAS DE MINHA AUTORIA:
A AGONIA DAS ÁGUAS E FOLHAS: EMBELEZANDO A NATUREZA.
ATENCIOSAMENTE
TÂN IA LEAL
Retorno ESPM
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BANCA >> sábado em Recife >> nino cais: poemas e canções - lançamento e exposição
sábado das 11 às 14 horas:lançamento do livro 'poemas e canções'de nino cais, que se abre como exposiçãona galeria & conversa virtual comangela prysthon, nino e marcelo amorim,responsável pelo projeto gráfico do livro,& piquenique, que acontece no jardim(com tolha desenhada pelo artista).no lançamento, os livros são vendidos comdesconto, por 40 reais. a exposição segueaté 17 de junho.BANCAaberta das 10 às 19de segunda a sextae das 10 às 14 no sábadorua prof. josé brandão, 163boa viagem recife/pecep 51020-180tel. + 55 81 3465 5602
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Casa M - programação da semana 30 de maio a 04 de junho
Casa M – programação semanal
30 de maio a 03 de junho
Oficina com Felipe Ehrenberg e debate sobre projetos artísticos independentes são destaques da semana. Todas as atividades são gratuitas
A Casa M entra em sua primeira semana de programação oferecendo ao público diversas atividades artísticas e pedagógicas, como mostra de vídeos, oficinas e apresentações musicais. Confira a programação completa da semana na grade abaixo.
Entre os destaques da semana, a realização da oficina teórico-prática, intitulada Causa e efeito: A construção da identidade é também uma obra de arte, ministrada pelo artista mexicano Felipe Ehrenberg. Em três encontros - nos dias 30 e 31 de maio e 1º de junho, das 18h30 às 21h - a oficina vai tratar da construção da identidade do artista perante a sociedade em que vive, dos processos de atualização e utilização de novos suportes, materiais e tecnologia, da conexão com o público e de que maneira o artista deve se comportar frente às transformações da arte atual e aos novos meios de divulgação. As vagas são limitadas (20 vagas) e as inscrições podem ser feitas através do email casam@bienalmercosul.art.br.
Felipe Ehrenberg é pintor, escultor e gravurista, reconhecido como um dos mais provocadores e importantes artistas de obras propositivas no continente ibero-americano. Sua produção abrange desde o desenho, a pintura, a escultura e a arte gráfica, instalações, performances e livros-objeto ou de artista. Destaca-se também como teórico, ensaísta e colunista especializado. Em 2006, Ehrenberg protagonizou o filme Crime delicado, de Beto Brant, junto com Lilian Taublib e Marcos Ricca. Em 2001, o artista foi adido cultural na Embaixada do México no Brasil. Também foi diretor de relações internacionais do Canal TAL - Televisão América Latina, de 2006-2008. O artista reside atualmente em São Paulo. www.ehrenberg.art.br.
Na quarta-feira, 01 de junho, às 19h, acontece a primeira edição do Combo, um projeto que reúne, a cada quinzena, três convidados de diferentes linguagens artísticas e campos do conhecimento. Os convidados compartilham com o público seus projetos em desenvolvimento e trocam ideias sobre suas práticas. O primeiro Combo tem como tema a criação e manutenção de projetos artísticos independentes. O debate terá a participação de integrantes do Atelier Subterrânea (Adauany Zimovski, Tulio Pinto, Guilherme Dable, James Zortéa, Lilian Maus), Casa de Teatro (Jeffie Lopes) e Não Editora (Rodrigo Rosp), todos de Porto Alegre.
Entre as atividades permanentes da Casa M, destaca-se o espaço chamado Vitrine, um nicho com pouco mais de 1m2, voltado para a rua, que abriga pequenas exposições que acontecem a cada mês. Jovens artistas visuais gaúchos vão expor obras criadas especialmente para o contexto da casa. Até o dia 18 de junho, está em exposição a obra do artista Tiago Giora, intitulada Entre. Na obra, o artista parte do desenho formado pela arquitetura interna da Casa para criar uma intervenção na vitrine. Um plano de gesso encobre parte da fachada da Casa e incorpora o local ao trabalho. A obra alude à condição desse espaço de estar entre um local e outro, separando e ao mesmo tempo conectando dois ambientes. O próximo artista a ocupar a Vitrine será Rogério Severo, a partir do dia 21 de junho.
Outras três obras especiais criadas para diferentes ambientes estarão permanentemente em exposição: na Sala de Leitura encontra-se uma peça de mobiliário multiuso criada por Daniel Acosta, uma instalação de Fernando Limberger está exposta no pátio e a campainha da porta de entrada é obra de Vitor Cesar.
Programação da semana – de 30 de maio a 03 de junho
Vitrine – exposição do artista Tiago Giora (até 18 de junho)
Instalações permanentes – obras dos artistas Daniel Acosta, Fernando Limberger e Vítor César
Data | Horário | Evento | Atração/Artista/Detalhes |
30/mai | 12h30min às 14h | Mostra de vídeos | Coletivo Avalanche |
18h30min às 21h | Oficina | Causa e efeito: A construção da identidade é também uma obra de arte, com Felipe Ehrenberg | |
31/mai | 18h às 20h | Mostra de vídeos | Coletivo Avalanche |
18h30min às 21h | Oficina | Causa e efeito: A construção da identidade é também uma obra de arte, com Felipe Ehrenberg | |
1/jun | 12h30 às 14h | Mostra de vídeos | Coletivo Avalanche |
18h30 às 21h | Oficina | Causa e efeito: A construção da identidade é também uma obra de arte, com Felipe Ehrenberg | |
19h | Combo: Projetos artísticos independentes | Atelier Subterrânea, Casa de Teatro e Não Editora | |
2/jun | 18h às 20h | Mostra de vídeos | Coletivo Avalanche |
3/jun | 12h30 às 14h | Mostra de vídeos | Coletivo Avalanche |
Serviço
Casa M
De segunda a sexta-feira, das 12h às 20h | Sábado, das 10h às 18h
Rua Cel. Fernando Machado, 513 - Centro (em frente à escadaria da Rua João Manoel)
CEP 90010-321 - Porto Alegre-RS
Todas as atividades são gratuitas. Para oficinas, cursos, inscrições e informações: telefone 51 3519 7109 | casam@bienalmercosul.art.br | www.bienalmercosul.art.br/casam
Sobre a Casa M
A Casa M, um dos projetos-chave da 8ª Bienal do Mercosul, é um espaço cultural dedicado à promoção, ao desenvolvimento e ao intercâmbio artístico a nível regional, nacional e internacional, com ênfase no estímulo à cena artística local. Pensada para expandir a Bienal no tempo, a Casa M deve permanecer aberta até dezembro e vai oferecer atividades de diferentes linguagens, mesclando artes visuais, literatura, cinema, música, dança e teatro, entre outras expressões e áreas do conhecimento.
O nome "Casa M" (de Mercosul) pretende dar ênfase ao seu caráter de "casa", de local de integração e recepção, de situação doméstica, aberta e informal. Na programação estão previstas atividades voltadas ao público em geral e do meio artístico, como conversas, debates e workshops, entrevistas com artistas da 8ª Bienal do Mercosul, pocket-shows e mostras audiovisuais, além de ações especiais oferecidas à vizinhança. A Casa M terá uma sala de leitura, um espaço experimental de exposição (Vitrine), ateliê, área de convivência e ambientes para projeção de vídeos e debates. O Projeto Pedagógico da 8ª Bienal do Mercosul vai promover, na Casa M, cursos de formação para professores e oficinas voltadas à arte-educação.
A Casa M também vai abrigar projetos permanentes como a Vitrine - onde a cada mês um jovem artista gaúcho apresenta uma exposição de pequeno porte, instalações de três artistas – Daniel Acosta, Fernando Limberger e Vitor César, o programa Duetos - que reúne 12 artistas de diferentes áreas para utilizar a Casa M como local de trabalho e investigação, oferecendo oficinas e desenvolvendo propostas em colaboração, e o programa Combos - em que três convidados de diferentes linguagens artísticas e campos do conhecimento compartilham com o público projetos em desenvolvimento e trocam ideias sobre suas práticas. Nos programas especiais para os moradores da Rua Fernando Machado, vizinhos da Casa M, a artista plástica e professora Cláudia Sperb, vai oferecer a Oficina dos Vizinhos, onde a cada encontro são discutidas ações e realizações em conjunto, utilizando-se os espaços, conteúdos e materiais da 8ª Bienal do Mercosul. Além dessas atividades, a Casa M será o local de realização de um Programa de Residências para curadores de instituições culturais nacionais e internacionais, que serão convidados a propor conversas com o público, desenvolver oficinas e visitar ateliês de artistas locais. O programa, com duração de sete dias para cada curador, acontece nos meses de julho, agosto, outubro e novembro.
Obras permanentes na Casa M:
· Vitor Cesar – Campainha, 2011 - Os projetos de Vitor Cesar confundem-se com elementos da vida comum, envolvem uma estratégia de comunicação com o outro e questionam o contexto onde estão inseridos. Para a Casa M, o artista desenvolveu uma campainha que, quando acionada, dispara diferentes toques ao longo dos ambientes da casa, dando as boas vindas a quem chega.
· Fernando Limberger – Vermelho-Pungente (Para Dona Cristina), 2011 - Os trabalhos de Limberger articulam vegetação, formas geométricas e planos de cor em jardins que combinam exuberância e simplicidade, natureza e artifício. Aspectos similares estão no trabalho desenvolvido para o pátio da Casa M. Em meio a uma vibrante e colorida topografia, dois elementos pontuam a paisagem: um abacateiro de copa farta e iluminada e um cubo de madeira queimada. Vida e morte, luz e sombra, natureza e racionalidade são alguns dos binômios evocados pela obra.
· Daniel Acosta - REPLIK:modularshelvesystem, 2011 - Os espaços criados por Daniel Acosta oferecem o que o artista chama de disponibilidade multifuncional. A característica também está presente na peça desenvolvida para abrigar a coleção de livros e revistas de arte. De desenho geométrico e estrutura modular, o trabalho marca a entrada da sala de leitura e organiza o ambiente.
8ª Bienal do Mercosul - Ensaios de Geopoética
Informações gerais
Cerimônia oficial de abertura: 09 de setembro de 2011
Período: 10 de setembro a 15 de novembro de 2011
Todos os dias da semana, das 09h às 21h, com entrada franca
Porto Alegre, RS, Brasil
Patrocinadores e apoiadores
Com aprovação pelo MINC – Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet, o orçamento para o projeto é de cerca de R$ 18 milhões. A captação de recursos para o evento já começou e esta edição conta com a adesão das seguintes empresas:
Gerdau – patrocinador Master
Banco Santander – patrocinador da Mostra Eugenio Dittborn
Panvel – apoiador
Crown Embalagens – apoiador
Lojas Renner – apoiador
SPH - Superintendência de Portos e Hidrovias – apoiador
ICBNA – apoiador
Para referência – 8ª Bienal do Mercosul
A 8ª Bienal do Mercosul será realizada de 10 de setembro a 15 de novembro de 2011, em Porto Alegre/RS. Sob o título Ensaios de Geopoética, a 8ª edição da Bienal trata da territorialidade e sua redefinição crítica a partir de uma perspectiva artística. Vai reunir cerca de 100 artistas de diversas nacionalidades que desenvolvem obras relevantes para discutir noções de país, nação, identidade, território, mapeamento e fronteira sob os aspectos geográficos, políticos e culturais.
O projeto curatorial está composto por sete grandes ações, abordadas por meio de estratégias expositivas e ativadoras: Casa M, Cadernos de Viagem, Continentes, Além Fronteiras, Cidade Não Vista, Geopoéticas e uma exposição do artista homenageado Eugenio Dittborn.
Os espaços expositivos que irão receber as mostras da Bienal são os Armazéns do Cais do Porto, o Santander Cultural, o MARGS – Museu de Arte do Rio Grande do Sul e diversos espaços da capital e de outras cidades do RS.
Mais de dez cidades do Rio Grande do Sul receberão artistas, obras, exposições e atividades pedagógicas, entre elas Bagé, Caxias do Sul, Ijuí, Montenegro, Pelotas, Santa Maria , Santana do Livramento, São Miguel das Missões e Teutônia.
O Projeto Pedagógico da 8ª Bienal do Mercosul contempla ainda atividades de formação de professores e mediadores, oficinas, conversa com o públicos, seminários, publicações destinadas a diversos públicos e, especialmente, a programação da Casa M. Agendamento de visitas guiadas, transporte gratuito para escolas públicas e atividades variadas serão oferecidos ao público visitante durante o período da mostra.
A equipe curatorial é composta de sete profissionais latino-americanos: José Roca (Colômbia) – curador geral, Pablo Helguera (México) - curador pedagógico, Alexia Tala (Chile), Cauê Alves (Brasil) e Paola Santoscoy (México) - curadores adjuntos, Aracy Amaral - curadora convidada e Fernanda Albuquerque (Brasil) - curadora assistente.
Com valor aprovado pelo MINC – Ministério da Cultura, através da Lei Rouanet, o orçamento aprovado para o projeto é de cerca de R$ 18 milhões. Essa edição conta com patrocínio de empresas como a Gerdau – Patrocinadora Master e Banco Santander – patrocinador da Mostra Eugenio Dittborn, e apoio das empresas Crown Embalagens, Lojas Renner e Panvel, além da SPH – Superintendência de Porto e Hidrovias e do ICBNA – Instituto Cultural Brasileiro Norte Americano.
Acesse www.bienalmercosul.art.br para acompanhar as novidades do projeto. Leia o blog dos curadores e acompanhe o dia-a-dia da concepção e produção do evento: www.bienalmercosul.art.br/blog. Siga a Bienal no twitter e no facebook: http://twitter.com/bienalmercosul e www.facebook.com/bienaldomercosul.
Fundação Bienal do Mercosul
Criada em 1996, a Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul é uma instituição de direito privado, sem fins lucrativos, que tem como missão desenvolver projetos culturais e educacionais na área de artes visuais, adotando as melhores práticas de gestão e favorecendo o diálogo entre as propostas artísticas contemporâneas e a comunidade. Nos anos ímpares, a Fundação promove o evento Bienal do Mercosul, reconhecido como o maior conjunto de eventos dedicados à arte contemporânea latino-americana no mundo, oportunizando o acesso à cultura e à arte a milhares de pessoas, de forma gratuita.
Ao longo de sua trajetória, a Fundação Bienal do Mercosul sempre teve como missão a ênfase nas ações educativas e os seguintes princípios norteadores: foco na contribuição social, buscando reais benefícios para os seus públicos, parceiros e apoiadores; contínua aproximação com a criação artística contemporânea e seu discurso crítico; transparência na gestão e em todas as suas ações; prioridade de investimento em educação e consolidação da Bienal como referência nos campos da arte, da educação e pesquisa nessas áreas.
Em catorze anos de existência, a Fundação Bienal do Mercosul realizou sete edições da mostra de artes visuais, somando 444 dias de exposições abertas ao público, 57 diferentes exposições, 3.882.672 visitas, acesso totalmente franqueado, 1.034.898 agendamentos escolares, 180.089 m² de espaços expositivos preparados, áreas urbanas e edifícios redescobertos e revitalizados, 3.664 obras expostas, intervenções urbanas de caráter efêmero e 16 obras monumentais deixadas para a cidade, 138 patrocinadores e apoiadores ao longo da história, participação de 1.261 artistas, mais de mil empregos diretos e indiretos gerados por edição, além de seminários, conversa com o públicos, oficinas, curso para professores, formação e trabalho como mediadores para 1.248 jovens. A Diretoria e os Conselhos de Administração e Fiscal da Fundação Bienal do Mercosul atuam de forma voluntária.
Todos os eventos e ações da Fundação são oferecidos gratuitamente ao público, com recursos incentivados por uma grande rede de patrocinadores, parceiros e apoiadores.
Assessoria de imprensa - Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul
Fone: + 55 51 3254 7532 / email: imprensa@bienalmercosul.art.br
Sala de Imprensa, Banco de imagens em alta resolução e outras informações no site: www.bienalmercosul.art.br.
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Arte Sacra Popular - Museu de Arte Sacra - 07/06/2011
A Galeria Pontes, em parceria com o Museu de Arte Sacra, apresenta a exposição Arte Sacra Popular. Essa é uma das primeiras ações conjuntas da instituição com o segmento de arte popular contemporânea que, diferente da arte sacra erudita, tem sua produção realizada sem técnicas acadêmicas formais, sendo assim marcada pela originalidade e criação de novas linguagens e também pelas soluções encontradas a partir dos recursos disponíveis. A mostra, com curadoria de Edna Matosinho de Pontes, da Galeria Pontes, conta com 40 peças inspiradas na religiosidade em técnicas variadas, como madeira talhada e esculpida, escultura em barro e cerâmica, pintura e bordado. Abertura: 07 de junho de 2011.
Exposição Arte Sacra Popular – Adão, Antônio de Dedé, Antônio Poteiro, Artur Pereira, Bento, Costinha, Fé Córdula, Higino, João das Alagoas, José Antônio da Silva, José Bezerra, Maria do Socorro, Mestre Dezinho,Naninho, Odon Nogueira, Tota e Willi de Carvalho
Curadoria Edna Matosinho de Pontes – www.galeriapontes.com.br
Local Museu de Arte Sacra – www.museuartesacra.org.br
Avenida Tiradentes, 676 – Luz – Tel. (11) 56275393
Abertura 07 de junho – terça-feira – 19h
Período 08 de junho a 07 de agosto de 2011
Horário 3a a domingo, das 10 às 18h
Nº de obras 40
Técnica Esculturas em madeira, cerâmica e barro, madeira talhada, pintura e bordado
A Galeria Pontes, juntamente com o Museu de Arte Sacra, apresenta a mostra Arte Sacra Popular, reunindo 40 peças em suportes variados, como escultura em madeira, barro e cerâmica, bordado, pintura e madeira talhada.
Com curadoria de Edna Matosinho de Pontes, da Galeria Pontes, a exposição, que abre pela primeira vez as portas do Museu de Arte Sacra para a arte popular contemporânea, traz artistas oriundos da região Nordeste, Sudeste e Portugal.
Na arte popular contemporânea a inspiração fundamental é o cotidiano da região habitada pelo artista, que retrata o trabalho (geralmente atividades rurais), as festas populares e a religiosidade. É a arte inspirada na fé, seja de quem a produz ou de quem a encomenda, o recorte escolhido para Arte Sacra Popular. Sem base num estudo formal, característica que define arte popular, os artistas exibem esculturas de santos, presépios, oratórios e outras representações com a mesma temática, cada qual com sua inspiração, estilo e suporte.
Além dos artistas Adão, Antônio de Dedé, Antônio Poteiro, Artur Pereira, Bento, Fé Córdula, Higino, João das Alagoas, José Antônio da Silva, Maria do Socorro, Mestre Dezinho, Naninho, Tota e Willi de Carvalho, a exposição traz ainda obras características da temática, com trabalhos de artistas anônimos e seus "ex-votos" (trabalhos artísticos que expressam gratidão a um santo católico por uma graça recebida) e as "paulistinhas" (imagens sacras em barro características da produção de São Paulo entre os séculos XVIII e XIX, de traços simples e sem formalidade na composição).
Os Artistas:
ANTÔNIO DE DEDÉ
Antônio Alves Santos nasceu em 1953, em Lagoa da Canoa, AL, onde vive e trabalha. Faz parte de uma comunidade remanescente de quilombolas. Escultor de madeira intuitivo, apresenta um trabalho rústico com soluções encontradas a partir de poucos recursos, como a imagem da Virgem com o coração trespassado de setas.
ANTÔNIO POTEIRO
Antônio Batista de Souza nasceu em Santa Cristina de Pousa, Portugal, em 1925. Chegou ao Brasil ainda pequeno, morando em São Paulo, Minas Gerais, entre os índios Carajás na Ilha do Bananal e depois radicando-se em Goiânia, GO. Ganhando a vida como fabricante de cerâmica utilitária, seus potes – daí o apelido – passaram a ganhar qualidade artística com o tempo, ultrapassando sua função.
ARTUR PEREIRA
Artur Pereira nasceu em 1920 em Cachoeira do Brumado, MG, e faleceu em 2003 em Mariana, MG. Para ajudar no sustento da família, começou a trabalhar muito cedo em diversas atividades, antes de descobrir seu talento para a escultura. Produziu obras em barro, imagens isoladas em madeira e grupos em monobloco, também em madeira. Entre os temas que mais trabalhou está a liturgia católica, consistindo basicamente no presépio.
BENTO
Bento Medeiros Gouveia nasceu em 1961 no município de Sumé, na Paraíba. Após trabalhar durante anos em São Paulo, retornou a sua terra natal em 2001, quando iniciou seu ofício como escultor, sendo descoberto por artistas paraibanos consagrados, como Chico Ferreira, Miguel dos Santos e Flavio Tavares. Entre seus temas mais frequentes estão as esculturas de santos.
COSTINHA
Costinha, nascido Raimundo Nonato Costa Filho em Teresena, PI, em 1968, começou a trabalhar em 1980, como discípulo de Mestre Dezinho. É especialista em escultura em madeira e seus trabalhos tem o talho característico da escola de Dezinho. Especializou-se na produção de anjos, santos, mas também faz talhas regionais, painéis, baús coloniais, oratórios e gamelas.
FÉ CÓRDULA
Francisco de Assis Córdula nasceu no Rio Grande do Norte em 1933 e reside em Goiás. É pintor, escultor e desenhista autodidata, tendo participado de inúmeras exposições. A questão religiosa é forte na sua pintura e aparece de forma muito própria, com figuras de santos coloridas, alegres, cercadas por anjos, plantas e bichos.
HIGINO
Higino Simplício de Almeida nasceu em 1958, em Belo Horizonte, MG. Foi o primeiro e principal discípulo do grande mestre da escultura em madeira, Maurino Araújo. Aconselhado por Maurino, Higino seguiu seu próprio caminho e se firmou como artista original, com clara inspiração no barroco mineiro e em especial na obra de Aleijadinho.
JOÃO DAS ALAGOAS
João Carlos da Silva, escultor alagoano nascido em 1958 na cidade de Capela, é responsável por recriar o boi do bumba, que representa em grandes peças, com saias esculpidas, contando histórias do folclore, brincadeiras de rua, casamentos e batizados, ou seja, as histórias do povo, de suas tradições e seu imaginário. João das Alagoas é reconhecido em concursos nacionais e internacionais como um dos maiores escultores do país.
JOSÉ ANTÔNIO DA SILVA
José Antônio da Silva, nascido em Sales de Oliveira, SP, em 1909, e falecido em São Paulo, SP, em 1996, começou a ter espaço para criar suas pinturas somente aos 37 anos de idade. Após ter ganhado o primeiro prêmio no concurso da Casa de Cultura de São José em 1946 sua trajetória foi impulsionada. Na década seguinte o artista já participava de Bienais de São Paulo e tinha sala especial na Bienal de Veneza. Além dos costumes e lazeres do campo, retratou em suas obras o universo do sagrado, com santos, crucificações e vias-sacras.
JOSÉ BEZERRA
José Bezerra, do município de Buíque, PE, virou artesão a partir de 2002, esculpindo troncos de árvores caídas, transformando seus troncos e raízes em obras de arte. Em suas obras encontramos figuras humanas, carros de boi, animais e outros elementos que fazem parte do universo sertanejo. Zé Bezerra observa forquilhas e nós da madeira e os utiliza como sugestões para as imagens que esculpe.
MESTRE DEZINHO
José Alves de Oliveira nasceu em 1916 em Valença, PI. Marceneiro de formação, Mestre Dezinho iniciou sua trajetória na capital Teresina, entalhando ex-votos sem cobrar nada por seu trabalho. Esculpiu imagens sacras para a igreja Vermelha a pedido do vigário local, substituindo as imagens de gesso. O regionalismo aparece nos detalhes das saias dos santos, com cajus, folhagens e flores típicas da região.
NANINHO
Martiniano Moreira de Carvalho nasceu em 1962 na comunidade de Bichinhos, pertencente ao município de Prados, MG. Em sua infância, Naninho produzia seus próprios brinquedos em barro. Seu primeiro trabalho artístico foi um Cristo esculpido em uma tora de madeira para a procissão do senhor morto de sua comunidade. O artista prossegue trabalhando com a madeira e com temas inspirados no catolicismo.
ODON NOGUEIRA
Nascido em Bela Vista de Goiás em 1981, Odon Nogueira iniciou sua carreira em 2003, trabalhando em pedra sabão e desenvolvendo temas abstratos. Hoje é conhecido e admirado por suas obras em terracota. No início teve influência de Antônio Poteiro; no entanto, Odon começou a desenvolver estilo próprio, em obras que expressam uma simbologia e uma maneira de interpretar o mundo bastante pessoal e original.
TOTA
Antonio Pascoal Regis nasceu em 1932 na cidade pernambucana de Tracunhaém. Mudou-se em 1968 para João Pessoa, PB, onde faleceu em 2002. Suas peças utilitárias e decorativas eram produzidas com barro colhido das jazidas da região, que ele próprio preparava, pisando e peneirando. Decorava suas peças com esmaltes de tons variados e as queimava em rústico forno a lenha.
WILLI DE CARVALHO
Wellivander de Carvalho é um artista mineiro, que vive e trabalha em Belo Horizonte, MG. Utilizando-se de materiais simples como caixas de fósforos, palitos, fragmentos de espelhos para a criação de obras inspiradas no barroco, nas festas mineiras e no carnaval. Seus presépios e oratórios são muito premiados, bem como suas miniaturas feitas com precisão e habilidade de ourives.
A Galeria
A Galeria Pontes, inaugurada em setembro de 2008, fica em São Paulo, num casarão tombado pelo patrimônio histórico, entre os bairros de Higienópolis e Pacaembu. Em seu acervo estão obras de G.T.O., Mestre Eudócio, Maurino de Araujo, Antonio Julião, Poteiro, Bajado, Waldomiro de Deus, Tota, Adir Sodré, Miguel dos Santos, Sil e outros nomes significativos da arte popular brasileira contemporânea.
Conforme declaração do museólogo e crítico de arte Fábio Magalhães, "A Galeria Pontes dedica-se exclusivamente à arte popular. É o resultado do olhar amoroso, ensolarado de Edna Matosinho de Pontes que percorreu todo o Brasil à procura de peças que expressassem com inventividade a magia do povo brasileiro e a força da nossa natureza. Na escolha dos artistas e das peças, Edna deixou a paixão no comando, mas procurou sempre o horizonte da autêntica criatividade. E assim, com paciência e a necessária obstinação, reuniu um acervo rico e diversificado. As obras são originárias das mais distantes regiões brasileiras – foram produzidas na Floresta Amazônica, no Pantanal de Mato Grosso, no serrado de Goiás, no Vale do Jequitinhonha, em Minas Gerais, no sertão de Pernambuco, enfim, vieram do vasto mundo que compõe o nosso País. O conjunto forma um panorama da alma brasileira, apresenta um Brasil sonhado pelo seu povo, com exuberância, mística e sensualidade. A Galeria Pontes é, em si mesma, ensolarada, um arco-íris. Um espaço de muita vitalidade. Energia que não para de brotar, porque a arte popular é germinal, isto é, plena de vida."
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