ZFABRICIO, ARQUITETO, FOTÓGRAFO E PINTOR
ABSTRATO, FARÁ MAIS UMA MOSTRA DE SEUS
TRABALHOS, NO DIA 07 DE ABRIL, NO CIX BAR CAFÉ.
TRAVESSA AZEVEDO, 109, FLORESTA,
FONE 32 68 00 30
CONTAMOS COM SUA PRESENÇA, A PARTIR DAS 19:00H
Sessão de autógrafos vai contar com a presença do curador pedagógico Luis Camnitzer. "Educação para a Arte / Arte para a Educação" traz temas apresentados no Simpósio Internacional Terceira Margem, promovido em 2007
Serviço
Lançamento do livro Educação para a Arte / Arte para a Educação
Sessão de autógrafos com Luis Camnitzer
Dia 10 de abril, às 17h30min, na Biblioteca da Fundação Iberê Camargo
Avenida Padre Cacique, 2000 – Porto Alegre - RS
Preço promocional no dia do lançamento: R$ 20,00 (à venda na loja da Fundação Iberê Camargo)
Organização: Gabriel Pérez Barreiro e Luis Camnitzer. 400 páginas
Publicado por: Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul
Informações: 51 3254 7500
A Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul lança o livro "Educação para a Arte / Arte para a Educação", com sessão de autógrafos e presença do artista, educador e curador Luis Camnitzer. O evento acontece no dia 10 de abril, às 17h30min, na Biblioteca da Fundação Iberê Camargo. Na ocasião, o livro será vendido a preço promocional de R$ 25,00.
O lançamento acontece por ocasião do Encontro de Capacitação de Professores, promovido no mesmo dia pelo Programa Educativo da Fundação Iberê Camargo, das 14h às 17h30min. No encontro haverá palestra com o curador pedagógico Luis Camnitzer e apresentação do projeto curatorial da exposição O Alfabeto Enfurecido: León Ferrari e Mira Schendel, com visita mediada. Mais informações sobre a Capacitação podem ser obtidas através do telefone 51 3247 8001, até o dia 09 de abril.
Organizado por Gabriel Pérez-Barreiro e Luis Camnitzer, "Educação para a Arte / Arte para a Educação" reúne textos de onze pensadores internacionais que participaram, em 2007, do Simpósio Internacional Terceira Margem, realizado durante a 6ª Bienal do Mercosul, da qual Pérez-Barreiro e Camnitzer foram, respectivamente, curador-geral e curador pedagógico. Além deles, participam do livro Anton Vidokle (Alemanha), Bruce Ferguson (EUA), Harrell Fletcher (EUA), Roberta Scatolini (Brasil), Simon Sheikh (Alemanha/Dinamarca), Santiago Eraso (Espanha), Ted Purves (EUA), Marcos Villela Pereira (Brasil) e Alfredo Olivera (Argentina).
O Simpósio Internacional de Arte-educação reuniu um público de mais de 600 pessoas. O propósito do evento, segundo Camnitzer, era o de introduzir a arte na educação como uma metodologia pedagógica, eliminando fronteiras entre as duas áreas para ampliar e unificar o público, sem impor limites à criatividade. Para Camnitzer, a Bienal do Mercosul "transcende a sua própria vocação expositiva para transformar-se em um instrumento radicalmente dedicado à transformação cultural". Dessa forma, a publicação do livro marca a intenção da Bienal do Mercosul em ser um centro de promoção internacional de intercâmbio e de informação sobre arte, educação e as relações entre as duas áreas.
"(...) É necessário introduzir noções pedagógicas na arte para afinar o rigor da criação e para melhorar a comunicação com o público ao qual o artista quer se dirigir. (...) Não há verdadeira educação sem arte nem verdadeira arte sem educação. (...) O artista que não consegue sobreviver no mercado vai ensinar sem saber como ensinar. (...) O professor que não tem ideias não se atreve a recorrer à arte para tê-las. (...) Arte e educação são uma mesma atividade que se formaliza em meios diversos", diz Camnitzer em seu texto.
Sobre o livro
O livro segue a mesma estrutura do Simpósio, dividido em três temas: Arte para a educação / Educação para a arte; Público para a arte; e Educação comunitária.
O primeiro tema contrapôs posições sobre o papel da criatividade na sociedade e sobre como é possível fomentá-la a partir dos pontos de vista do artista e do educador. O curador Bruce Ferguson, que tem uma tradição de curadoria de mostras que tentam ser "interrogativas" ao invés de "expositivas", abordou a definição de papéis para o artista na sociedade em contraposição com o não-artista, e como funcionam os planos de estudo em relação aos conflitos da arte como disciplina e da arte como metadisciplina.
O artista Harrell Fletcher, que realiza um trabalho de ativação e de diluição da fronteira entre comunidades artísticas e não-artísticas, discorre sobre a relação entre sociedade e criação, e as decisões políticas e distribuição de poder que esta relação acarreta.
Anton Vidokle, também artista, foi um dos organizadores da Manifesta 6, uma bienal alternativa e itinerante, que prometia uma ruptura com as exposições tradicionais. Vidokle também iniciou outros projetos conhecidos, como o e-flux e a escola temporária unitednationsplaza. No livro, ele apresenta esses projetos.
Roberta Scatolini, do Instituto Paulo Freire de São Paulo, abordou o "analfabetismo cultural", ou seja, a falta de conhecimento dos códigos culturais. Seguindo a experiência do educador Paulo Freire sobre a relação entre poder e alfabetização, o Instituto trabalha para aplicar estes conceitos à cultura em geral.
Para falar sobre a relação arte e público, Simon Sheikh, coordenador de estudos críticos na escola de Arte de Malmö/Suécia, propõe problemas para o artista tais como a mediação entre os dois pólos exemplificados pela política da representação e a política da participação. Com isso, questiona a autonomia política do artista e como ela afeta a relação com o público, além de refletir sobre como o artista gera e conforma seu público.
Santiago Eraso, ex-diretor da Arteleku - Centro de Arte e Cultura Contemporânea, em San Sebastián/Espanha, procura colocar a arte em uma sociedade que, crescentemente, utiliza novos códigos baseados na digitalização. Eraso acredita que nessa sociedade, a prática da educação se dará em "uma cidade-escola expandida onde o professor interpretará o papel de mediador, preparando, assim, um público cultural diferente".
Gabriel Pérez Barreiro, curador da 6ª Bienal do Mercosul e atualmente diretor da Coleção Patricia Phelps de Cisneros, aborda o modelo de bienais, o mercado de arte, a comunicação com o público e a criação de uma "terceira margem", metáfora utilizada por ele no conceito curatorial da 6ª Bienal, para criar um pensamento crítico não-reducionista.
O terceiro e último tema discute a educação comunitária. Marcos Villela, diretor de estudos de pós-graduação em educação da PUC-RS, se concentra nas possíveis redefinições da atividade pedagógica desenvolvida fora dos limites físicos da escola, quando a aprendizagem se produz em não-lugares e o professor interage com o aluno sem relações hierárquicas.
Ted Purves, professor no California College of Art, propõe formas de passar da atividade privada à pública na arte, explorando o intercâmbio de criatividades entre comunidades e promovendo a "interlocalidade" como alternativa ao globalismo econômico.
Alfredo Olivera, criador da Radio La Colifata, emissora operada pelos pacientes do hospital psiquiátrico José T. Borda de Buenos Aires, apresenta, a partir desta experiência, um paralelo fascinante entre a situação e a relação de comunicação/incomunicação do artista. Aborda as tentativas de expansão do conhecimento, a exploração da excentricidade e da alteridade que dificultam a decodificação e a aceitação mútua. Neste relato, Olivera mostra que é preciso repensar os temas da alienação artística e da alienação pedagógica para permitir a vida em comunidade.
Patrocinadores e apoiadores
O livro foi produzido com apoio e patrocínio das seguintes empresas e instituições:
Patrocínio: AECID - Agencia Española de Cooperación Internacional - Ministerio de Asuntos Exteriores y de Cooperación de España
Apoios: Gerdau, Grupo RBS e Crown Embalagens
Apoios Institucionais: Secretaria da Educação do Governo do Estado do Rio Grande do Sul, Todos Pela Educação e Unesco
Financiamento: Lei de Incentivo à Cultura - MINC/Governo do Brasil e LIC – Lei de Incentivo à Cultura do Governo do Rio Grande do Sul
Para referência
A 6ª Bienal do Mercosul, que aconteceu de setembro a novembro de 2007, marcou o início de uma nova etapa na história das Bienais do Mercosul. Nesta edição optou-se por um modelo curatorial que intensificou a internacionalização da mostra e aplicou um cuidadoso programa pedagógico ao longo de toda a sua realização, ampliando, assim, as contribuições do evento à comunidade para além das exposições de arte. O projeto curatorial, tendo como curador-geral Gabriel Pérez-Barreiro, foi pensado a partir das proposições educativas elaboradas pelo curador pedagógico Luis Camnitzer, que acredita que o espectador deve ser visto como ser criativo e não como apenas um receptor passivo de informação. Estabeleceu-se, portanto, uma inovadora reconfiguração do programa educativo da Bienal do Mercosul.
A adoção de uma metáfora baseada no célebre conto de Guimarães Rosa, intitulado "A Terceira Margem do Rio", permeou o trabalho de todas as áreas envolvidas na organização. A Terceira Margem simboliza uma mudança de perspectivas, a possibilidade de criação de uma nova forma de perceber a realidade, sem os dualismos a que estamos acostumados. Composta por seis mostras, o evento ocupou três espaços expositivos: MARGS – Museu de Artes do Rio Grande do Sul, Santander Cultural e Armazéns do Cais do Porto, e contou com obras de 67 artistas de 23 países.
Fundação Bienal do Mercosul
Criada em 1996, a Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul, com sede em Porto Alegre/RS, é uma instituição de direito privado, sem fins lucrativos, dedicada à preparação e à realização das mostras e eventos que constituem as Bienais do Mercosul. A Bienal do Mercosul é reconhecida como o maior conjunto de eventos dedicados à arte contemporânea latino-americana no mundo e oportuniza o acesso à cultura e à arte a milhares de pessoas.
Ao longo de sua trajetória, a Bienal do Mercosul sempre teve como princípio a ênfase nas ações educativas. O projeto pedagógico da Bienal do Mercosul tem sido visto como uma contribuição para a discussão sobre a arte educação no país e deve tornar-se referência mundial em eventos com o mesmo formato. Em 2007, o Projeto Pedagógico foi contemplado com o Prêmio Cultura Viva, promovido pelo MinC – Ministério da Cultura.
Em catorze anos de existência, a Fundação Bienal do Mercosul realizou sete edições da mostra de artes visuais, somando 444 dias de exposições abertas ao público, 57 diferentes exposições, 3.882.672 visitas, acesso totalmente franqueado, 1.034.898 agendamentos escolares, 180.089 m² de espaços expositivos preparados, áreas urbanas e edifícios redescobertos e revitalizados, 3.664 obras expostas, intervenções urbanas de caráter efêmero e 16 obras monumentais deixadas para a cidade, 138 patrocinadores e apoiadores ao longo da história, participação de 1.261 artistas, mais de mil empregos diretos e indiretos gerados por edição, além de seminários, palestras, oficinas, curso para professores, formação e trabalho como mediadores para 1.248 jovens. A Diretoria e os Conselhos de Administração e Fiscal da Fundação Bienal do Mercosul atuam de forma voluntária.
Assessoria de imprensa - Fundação Bienal de Artes Visuais do Mercosul
Fone: + 55 51 3254 7533 / email: imprensa@bienalmercosul.art.br
Sala de Imprensa, Banco de imagens em alta resolução e outras informações no site: www.bienalmercosul.art.br.
Abril de 2010